
4.2 Mecanismo de Ação no Contexto Transfeminino
Com supressão testicular (via orquiectomia ou agonistas de GnRH) ou bloqueio androgênico (com acetato de ciproterona, quando LH permanece suprimido), a quantidade de testosterona que ainda pode ser detectada é ínfima e provavelmente não resulta em efeitos androgênicos significativos. No caso do uso de espironolactona ou estrogênio isolado, apesar de bastante reduzida, a testosterona ainda pode ser detectada em níveis superiores a produção ovariana e, dessa forma, convertida perifericamente em DHT. A finasterida bloqueia especificamente esta conversão nos tecidos-alvo, oferecendo efeito sinérgico com estrogênios e antiandrogênicos sistêmicos.¹¹ Alerta de segurança: Em 08 de maio de 2025, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) reconheceu formalmente a ideação de violência auto-inflingida como efeito adverso do finasterida 1 mg, determinando medidas adicionais de mitigação de risco.¹² O uso requer triagem prévia e vigilância contínua de sintomas depressivos e alterações de humor.
Conclusão: Para pessoas transmasculinas em hormonização, a finasterida antagoniza os objetivos mais comuns e deve ser evitada devidos aos potenciais efeitos adversos. Em casos específicos de alopecia durante hormonização, pode ser utilizada com consentimento informado detalhado.